Em assembleia realizada na manhã desta
quarta-feira, 1, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em
Aracaju, os professores da rede estadual deliberaram ações de luta para
pressionar o governo do estado a abrir canal de diálogo e negociação
com a categoria. Devido à greve, que durou um mês (18 de maio a 18 de
junho) os professores tiveram seus salários cortados.
Até a presente data o governador,
Jackson Barreto, não agendou audiência para negociar com o magistério da
rede estadual o reajuste do piso salarial de 2015, que de acordo com a
Lei Federal 11.738/2008 deve ser pago a todos os professores da rede
pública, dentro da carreira e sempre no mês de janeiro. Além disso, o
governo não garante condições dignas de ensino e aprendizagem a
professores e estudantes das escolas estaduais de Sergipe.
Na tarde desta quarta-feira, 1, às 15h,
diretores do SINTESE se reunirão em audiência com a diretora da
Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), Maria Lúcia de Góes, para tratar
sobre reposição de aulas, corte de ponto e calendário letivo. O
posicionamento do SINTESE, que foi deliberado pelos professores durante
assembleia ocorrida no dia 18 de junho, é não entregar o calendário de
reposição das aulas enquanto não for negociado e revertido o corte de
ponto.
A agenda de luta encaminhada pelos professores durante a assembleia é a seguinte:
- Dia 07/07 (terça-feira): Dia
de luto do magistério em solidariedade aos professores da rede estadual
de Sergipe. A ideia é fazer uma grande mobilização via rádio, TV e
redes sociais, que envolva não só professores de Sergipe, mas de todo o
Brasil, para que neste dia o magistério use preto como forma de
demonstrar luto e indignação pela situação vivida pelos professores da
rede estadual de Sergipe, que vêm sendo mascarados e criminalizados pelo
governo do estado;
- Dia 09/07 (quinta-feira) Coletiva
de imprensa, às 07h30, na Central Única dos Trabalhadores –CUT (Rua
Porto da Folha – 1039, Bairro: Cirurgia, Aracaju) para tratar sobre os
gastos do governo do estado com as folhas de pagamento dos Cargos em
Comissão. Após a coletiva de imprensa os professores irão protocolar no
Ministério Público Estadual (MP/SE) solicitação de improbidade
administrativa contra o Governo do Estado de Sergipe;
- Dia 14/07 (terça-feira): Dia de paralisação do magistério da rede estadual e ato em frente à Secretaria de Estado da Educação, em Aracaju, às 8h;
- Dia 16/07 (quinta-feira): Nova assembleia dos professores da rede Estadual, às 15h, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Aracaju;
- Atos nos municípios sergipanos e nos
bairros em Aracaju contra o ‘Carrasco da Educação’, com participação de
pais, mães, estudante e funcionário de escolas. O município de Lagarto
irá realizar seu ato no dia 7 de junho;
- Atos nos municípios com entrega de
dossiês sobre a situação das escolas estaduais ao Ministério Público
Estadual em suas comarcas. A intenção destes atos é mostrar para a
sociedade que a realidade que o governador Jackson Barreto pinta sobre a
educação em Sergipe é falaciosa;
- Moção de apoio à greve conduzida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos do Estado de Sergipe (SINTRASE)
- Boicote ao desfile de 07 de setembro.
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