Além de protestarem conta a PEC 55 (PEC do fim do mundo), que visa congelar por 20 anos os investimentos em educação e saúde e contra a Medida Provisória (MP) 746, que tem o objetivo de desmontar o Ensino Médio
Trabalhadores de todo o Brasil paralisam suas atividades na próxima sexta-feira, 11, contra o pacote de maldades e retirada de direitos promovidos pelo governo golpista de Michel Temer. Em Sergipe, professores das redes estadual e municipais também cruzam os braços e se dedicam a um dia de luta e resistência. Na sexta-feira, 11, os professores farão ato em frente à Secretaria de Estado da Educação (SEED), em Aracaju, a partir das 8h.
Além de protestarem conta a PEC 55 (PEC do fim do mundo), que visa congelar por 20 anos os investimentos em educação e saúde e contra a Medida Provisória (MP) 746, que tem o objetivo de desmontar o Ensino Médio, os educadores sergipanos também vão à luta contra a nefasta política para educação do estado promovida pelo secretário de Educação Jorge Carvalho, com aval do governador Jackson Barreto. Bem como contra os desmandos de prefeitos e prefeitas que agem de forma criminosa retendo salários do magistério.
Desvalorização e desestruturação da carreira do magistério
Professores tanto da rede estadual como das redes municipais sofrem com a política de desvalorização do magistério público de Sergipe.
Os professores das redes municipais são vítimas de constantes atrasos no pagamento de seus salários. Desde o início de 2016 todos os meses uma média de 45 municípios de Sergipe pagam com atraso ou parcelam o pagamento dos professores. A situação chegou ao drástico ponto que professores de Lagarto e Poço Verde, por exemplo, chegaram a ficar 3 meses sem salários submetidos a privações financeiras de todas as ordens.
Diferente do que os prefeitos alegam, a irregularidade no pagamento dos professores não está ligada a crise, mas sim a falta de vontade política, ao excesso de contratos e cargos comissionados e ao uso indevido das verbas da educação.
Na rede estadual os professores amargam três anos sem receber reajuste do piso salarial (2012, 2015, 2016). Esta situação gerou perdas significativas nos salários e destruição da carreira do magistério. Para se ter ideia, atualmente, o professor do nível médio; o professor de nível superior; e o professor com pós-graduação lato sensu com 9 anos de carreira, ganham a mesma remuneração: R$ 2.136,64
"Com nosso salário defasado a nossa vida parou no tempo. O desrespeito aos direitos dos professores, ao Estatuto do Magistério, mostra que Jackson Barreto, em conjunto com o secretário de estado da educação, Jorge Carvalho, não se intimidam, nem se constrangem em infringir Leis, pelo contrário, a sensação que temos é que eles se sentem acima delas", enfatiza a presidenta do SINTESE, professora Ivonete Cruz.
É sempre salutar afirmar que o reajuste do piso salarial dos profissionais do magistério é assegurado pela Lei Federal 11.738/2008. A lei é bastante clara ao estabelecer que o piso salarial deve ser pago aos professores da rede pública de todo o Brasil anualmente, sempre no mês de janeiro, dentro da carreira, respeitando o nível de formação e o tempo de serviço de cada professor.
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