quarta-feira, 24 de junho de 2015

Funcionária da AlmavivA morre durante o trabalho

De acordo com a empresa, a funcionária sofreu um mal súbito
 
Na porta da empresa uma viatura do 8º Batalha da PM (Fotos: Portal Infonet)
Na tarde desta quarta-feira, 24, a morte de uma funcionária dentro da empresa AlmavivA, gerou uma grande comoção entre os colegas de trabalho. A equipe do Portal Infonet, esteve na empresa e conseguiu falar com alguns funcionários, que por medo de represarias, preferiram não mostrar o rosto ou se identificar na matéria. As informações são de que uma atendente de call center passou mal e morreu no local, por falta de atendimento rápido, por parte da empresa.
“Na hora que ela passou mal, todo mundo tentou ajudar, mas na empresa não tem médico nos finais de semana e feriado. Foi chamada uma equipe do Samu que fez os primeiros atendimentos, mas tiveram que aguardar uma ambulância mais avançada. Quando essa ambulância chegou, ela já estava morta. Tudo isso ocorreu porque não tinha médico e ela foi atendida por uma auxiliar de enfermagem”, alega uma colega de trabalho.
Alguns funcionários estavam revoltados com a falta de assistência no local de trabalho
A equipe do Portal Infonet também ouviu relatos de que a funcionária, identificada como Barbara Monique Soares Souza, de 26 anos, estava submetida a uma sobrecarga de trabalho. As informações, por parte da empresa, foram prontamente detalhadas pelo diretor de relações institucionais, Douglas Fernandes, que negou a falta de assistência médica e disse ainda que todos os procedimentos de atendimento da empresa foram cumpridos.
“De acordo com os relatos que recebi, ela estava trabalhando normalmente, era início das atividades, ela se sentiu mal e as pessoas notaram que ela teve um mal súbito e perdeu os sentidos. Nós acionamos as nossas estruturas de atendimento, acionamos também o atendimento do Samu, que foi muito rápido e esteve conosco minutos após o acionamento. Mas infelizmente quando chegaram a funcionária tinha já entrado em óbito. Nos parece que é uma situação especifica própria dela. Nós não tivemos nenhum tipo de outra atividade preventiva porque simplesmente foi um mal súbito”, afirma.
Dentro da empresa, o clima era de comoção
Sobre a demora do atendimento por parte da empresa e a falta de profissionais no ambulatório, o diretor de relações institucionais, diz que o corpo de segurança é completo e atende a legislação. “É claro que em uma situação desse porte e dessa natureza, há uma comoção natural, as pessoas ficam bastante atingidas e nós também, em observar um dos nossos semelhantes passando por uma situação dessas. O que ocorreu, foi que chamamos as estruturas internas [que são pessoas ligadas à área de segurança do trabalho]”, completou Douglas Fernandes, que não soube responder se na hora do ocorrido, a empresa contava com médico e enfermeiro.
“Eu necessito saber maiores detalhes disso, mas o que posso assegurar é que nosso corpo de segurança e medicina do trabalho é completo e atende as determinações da legislação. Exatamente em relação à jornada e horário não tenho elementos nesse momento, vou verificar a esclarecer em outro momento”, garanti.
O diretor, Douglas Fernandes, respondeu aos questionamentos e negou falta de assistência
O diretor também respondeu a denúncia de sobrecarga de trabalho. “É absolutamente improvável uma situação dessa natureza. Vamos lembrar que era início de jornada. A nossa empresa tem praticas muito restritas, em relação ao tratamento das pessoas. Nossa política de tolerância a abusos é zero. Nós não temos relatos dessa natureza em nenhum dos nossos sites e posso lhe assegurar que não há nenhuma relação entre essa tragédia e qualquer condição de trabalho”, assegura.
Em relação ao apoio a família, o diretor diz que a empresa se solidariza com os familiares e que a equipe dos recursos humanos. “Decidimos também dentro de alguns instantes, liberar os nossos operados no dia de hoje”, acrescenta.

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