O cinto de segurança é indispensável,
inclusive, para o bom funcionamento do airbag, item obrigatório nos
bancos da frente de todos os carros produzidos no Brasil a partir de
2014. Mas o uso do cinto, principalmente no banco de trás, não é
unanimidade.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013),
feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
divulgada no início de junho, aponta que apenas 50,2% das pessoas
utilizam sempre o cinto de segurnaça no banco de trás.
Em outra pesquisa realizada pela Agência
de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), no início do ano, o
resultado aponta que 53% dos passageiros do banco traseiro não usam o
cinto; no dianteiro, são 9% dos motoristas e 11% dos passageiros.
A polícia investiga se o cantor Cristiano Araújo e a namorada dele, Allana Moraes Coelho, que morreram em um acidente nesta quarta-feira (24), estavam sem cinto.
“O cantor e a namorada foram
arremessados para fora do veículo, sendo assim, os indícios apontam que
eles não usavam o cinto de segurança. Mas isso só será comprovado com o
resultado dos laudos”, afirmou delegado Fabiano Henrique Jacomelis,
responsável pelo caso.
Segundo a polícia, o carro em que eles
estavam saiu da pista e capotou na BR-153, em Goiás. Outros dois
ocupantes do veículo, o motorista e o empresário do cantor, que estavam
no banco da frente, e com cinto, tiveram apenas ferimentos leves. O
motorista passou pelo teste do bafômetro, que confirmou que ele não
bebeu.
O carro em que viajavam era um Range
Rover Sport, modelo da marca de luxo Land Rover. Fotos do acidente
mostram airbags frontais e laterais abertos. Mas a segurança dos
ocupantes é relacionada tanto ao uso do cinto, que reduziria o risco de
uma pessoa ser arremessada do carro, quanto ao airbag, que serve para
absorver impactos.
A proporção da abertura do airbag é calculada levando em conta o trabalho do cinto de segurança, que segura, e muito, o corpo.
Risco maior
“A falta do cinto faz com que as pessoas
sejam arremessadas para fora do veículo. Além disso, podem se chocar
com os outros ocupantes do veículo e causar suas mortes”, diz José
Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de
Segurança Viária (ONSV).
“Infelizmente, são dezenas de pessoas
que morrem pelo Brasil todo dia pela falta do uso do cinto de segurança,
especialmente nos assentos traseiros. A discussão desse assunto ganha
destaque porque envolveu uma pessoa famosa, mas é uma realidade
corriqueira no país”, completa.
A pesquisa da Agência de Transportes de
São Paulo (Artesp), divulgada em janeiro passado, mostrou que 53% dos
passageiros do banco traseiro não utilizam o cinto. Enquanto isso, no
banco dianteiro, 9% dos motoristas e 11% dos passageiros desprezam o
cinto de segurança.
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