quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Debate sobre redução salarial causa tensão na câmara

Foi a primeira vez que o tema "redução salarial dos vereadores" chegou à Câmara Municipal de Lagarto. Mas o assunto não foi muito bem recebido pelos parlamentares na sessão desta quinta-feira (3), pelo menos para aqueles que comentaram o assunto.
Quem levou a discussão para o plenário da casa foi o vereador Kléber de João Maratá (PRTB). Para ele, é importante debater o que acontece em Lagarto, mas o movimento "Redução Já", que elabora um projeto que prevê a redução salarial de R$ 8 mil para dois salários mínimos, por enquanto não ganhou adeptos do Poder Legislativo. Ao contrário, o assunto causou tensão na manhã de hoje.
Houve até um bate-boca em plena sessão entre o vereador Pedrinho da Telergipe (PR) e um membro do movimento, Radhamés Belchior. Enquanto o vereador cobrava que o grupo se preocupasse com todo o sistema político brasileiro, o militante defendia a bandeira de se tomar medidas locais.
Opiniões
Segundo Kléber, "em alguns pontos eles avançam", mas pecam quando não dão importância ao outro montante do orçamento municipal que podem economizar. O vereador estava falando dos outros 94%, já que 6% é repassado à câmara.

Fábio Frank (PCdoB) apoiou o discurso do colega. "É melhor analisar direito essa situação", disse.
Já Pedrinho comentou que "há tantos problemas para se debater" ao invés desse. E completou: "Alguns desses que estão articulando isso são candidatos".
Para Washington da Mariquita (PTB), esse assunto não deveria nem chegar à câmara. E justificou. "Da classe política, a mais desvalorizada é a do vereador", disse. Antes de finalizar seu aparte, o vereador sugeriu não a diminuição, mas acréscimo. "Tem que é dobrar o valor", indicou.
Outros temas
Além da redução salarial, os vereadores também usaram a tribuna e apartes para tratar de denúncias, como fez Pedrinho. Ele revelou que algumas escolas em Lagarto estão tendo problemas com falta de merenda. "Recebi várias ligações afirmando não haver merenda nas escolas", disse. Ele convocou os demais colegas para realizar visitas nas unidades de ensino municipais e comprovar ou não o fato.

Washington aproveitou o ensejo e fez sua cobrança. Ele protocolou um requerimento no qual pede a presença na câmara do presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), José Raimundo dos Reis, para fazer uso da tribuna livre.
Enilton da Farmácia (PMDB) relatou que há empresas que não cumprem a demanda da merenda por ganhar licitações com preço muito abaixo do mercado, comprometendo o serviço na de cumprir o contrato. Eraldo da Carmelita (PMDB) confirmou a fala do colega, dizendo que um dos conselheiros estava reclamando de uma empresa que não conseguiu distribuir seus alimentos para as escolas nos últimos seis meses.

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