O
Governo de Sergipe precisa retomar o “leme” e apresentar resultados efetivos
para a sociedade como um todo. Existem problemas pontuais na Saúde, Educação e
Segurança Pública que parecem sem solução. A Ação Social deste governo,
principalmente nesses períodos de enchentes, parece não ser tão efetiva. O Detran,
sob nova direção, tenta se reerguer de um esquema de corrupção, a Deso tenta
sobreviver a tamanho sucateamento. É uma estrutura administrativa inchada e extremamente
política. O Governo de Sergipe é carentes de técnicos e de gente que tenha
projetos que, a médio ou longo prazo, representem desenvolvimento e qualidade
de vida para as futuras gerações.
Empolgado,
vibrante e determinado, Jackson Barreto deu “sobrevida” a uma administração “cansada”
de dezembro de 2013 até atingir sua reeleição, em outubro de 2014. Incansável o
governador viajava, quase que todos os dias, conversava com todo mundo, estava
focado exclusivamente em resolver os problemas de Sergipe. Viajava a Brasília
(DF) e sempre trazia na bagagem novos investimentos, dinheiro contraído de
empréstimos para obras e outras benesses. O momento era tão positivo que, nas
urnas, Jackson obteve uma vitória massacrante e inquestionável. Mas os bons
momentos passaram. O próprio JB se perdeu quando, já reeleito, tripudiou sobre
seus adversários. É a velha história do “saber perder, e do saber ganhar”.
O
Governador de Sergipe se deparou diante de uma crise financeira que, coincidentemente,
só veio a tona depois da eleição. Os salários dos servidores pela primeira vez
foram parcelados e os atrasos foram surgindo. Os investimentos ficaram contraídos
e a ajuda do governo federal cada vez menor. Sem receitas, o governo entrou em
desespero ao ponto de JB exonerar todos os cargos comissionados da
administração. Uma pena que tenha sido por decreto, sem transparência. Ao
menos, sabe-se que ele já recontratou cerca de 2,5 mil pessoas, quando havia prometido
que só chegaria a 30% do volume anterior. Mas, mesmo com tantas dificuldades,
os salários dos servidores voltaram a ser pagos dentro do mês. Inclusive dos
comissionados.
Mas
ao mesmo tempo em que defende a importância do excesso de comissionados na
administração, o governador vem a público e garante que não tem como reajustar
os salários dos servidores efetivos tendo em vista que o governo atravessa uma
série de dificuldades de ordem financeira. Em uma entrevista um tanto infeliz,
o governador chegou a se comparara Jesus Cristo quando esteve na Terra, pelo
fato de ter conseguido pagar os salários do funcionalismo, no mês anterior. Mas
essa tese de “Estado quebrado” parece não convencer muito mais. A começar pela nomeação do ex-prefeito de Aracaju,
Edvaldo Nogueira (PCdoB), para o cargo de comissão de Assistente Técnico-Administrativo
para Assuntos Especiais, na Casa Civil, com data retroativa a 1º de janeiro de
2015.
É
isso mesmo leitor: Edvaldo está nomeado na Casa Civil, desde 1º de janeiro,
para “pensar” a instituição da Agência Reguladora de Serviços de Sergipe
(Agrese) que ainda não existe! A Agrese, que tramita desde 2009, parece que
agora vai sair do papel e, esta semana ainda, os deputados estaduais devem
aprovar a indicação dos membros do Conselho Superior da Agência, sendo três
indicações do governador e duas da Assembleia. Em síntese, com finalidade
bastante questionável, a Agrese chega em um momento difícil, de crise
financeira conforme relata o governador, mas que cria na administração mais 67
novos cargos comissionados na estrutura administrativa do governo, além dos
cinco conselheiros.
Não
se trata da “crítica pela crítica”, mas é inconcebível que, no momento em que o
governo deveria focar suas forças para cortar gastos da administração, para “apertar
o cinto” e tentar reajustar algo no salário dos servidores, ele cria mais
cargos comissionados? E onde está a oposição? O deputado estadual Valmir
Monteiro (PSC) já se manifestou contrário, mas e os sindicatos? E os representantes
de classes? Como bem diz o vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado
(PSDB), todo administrador público tem que saber separar o que é importante do
que é fundamental. Pelo visto, para Politizando,
por mais que essa tal Agência Reguladora venha ter sua importância no governo,
certamente que o salário do funcionalismo, neste momento de instabilidade
econômica que o País atravessa, acaba sendo fundamental...
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